Politécnico de Setúbal reconverte profissionais para a área das TIC
Formação em competências digitais no âmbito do programa nacional UpSkill

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O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) é uma das entidades
parceiras do programa UpSkill, que está a requalificar
profissionais para a área das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC)
como resposta à crescente procura de talento digital por parte das empresas e contributo
para o aumento da competitividade do País.
O programa nacional, que estima formar 3 000 pessoas em três anos, resulta de uma
parceria entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das
Comunicações (APDC), o Instituto do Emprego e Formação
Profissional (IEFP) e o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores
Politécnicos (CCISP), e dirige-se a quem está em situação de desemprego ou
queira tentar um novo rumo profissional numa área de grande carência de recursos
humanos para a generalidade das empresas em processo de transformação digital.
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Atualmente a formação está a decorrer em vários politécnicos a nível nacional (Braga,
Castelo Branco, Guarda, Santarém/Leiria, Porto e Viseu), sendo que a Área
Metropolitana de Lisboa, onde se concentra o maior número de formandos, é assegurada
pelo IPS e também pelo ISCTE.
Em Setúbal, são ao todo 47 os formandos inscritos, vindos de
vários territórios do sul do País (Lisboa, Setúbal, Faro e Évora), com uma média de idades
de 32 anos e níveis de habilitações académicas que vão desde o 12º ano (mínimo exigido)
até ao doutoramento.
Os cursos, que têm uma duração estimada de seis meses em ambiente
letivo, abarcam a programação, designadamente em Java e .Net, e as
plataformas de desenvolvimento low code, como é o caso da Outsystems,
sendo assegurados no IPS por docentes das escolas superiores de Ciências Empresariais
(ESCE/IPS) e de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS). Seguem-se três meses
de estágio nas empresas aderentes ao programa, estando prevista a
contratação de, pelo menos, 80 por cento dos novos recursos humanos
qualificados, mediante uma remuneração mínima de 1 200 euros mensais.
Durante a formação teórica e o estágio, os formandos contam com uma bolsa
equivalente ao salário mínimo nacional.
"Enquanto promotor da formação ao longo da vida, o IPS proporciona
oportunidades de qualificação em idade adulta que visam o desenvolvimento de novas
competências, a evolução profissional, a descoberta de outros rumos ou até mesmo a
realização de projetos de vida que ficaram suspensos", lembra
Carlos Mata, vice-presidente do IPS com o pelouro da Empregabilidade
e Relacionamento com as Empresas e Organizações, salientando o programa UpSkill como
uma "iniciativa nacional de relevo" nesta área, à qual o IPS não poderia deixar de aderir.
Ser pólo de formação neste contexto e servindo a área geográfica onde se concentra a
maioria das empresas do setor TIC, significa também, para o IPS, cumprir uma
das suas grandes missões, "a criação de cursos que respondam às necessidades da
região e das organizações dos territórios". Exemplo recente dessa aposta,
conclui o responsável, é o novo mestrado em Logística e Gestão da Cadeia de
Abastecimento, uma formação de natureza profissionalizante criada em parceria com a
SONAE MC.
Mais informações sobre o programa em https://upskill.pt/.
03 de
fevereiro/2021
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