‘Setúbal, Cidade Vermelha’: os dias da Revolução na cidade do Sado
| ##1## | À beira da Revolução dos Cravos, Setúbal está efervescente e completamente preparada para a mudança, à boleia de um operariado jovem, escolarizado e profundamente politizado. Seguem-se, até 25 de novembro de 1975, 19 meses de intensa atividade revolucionária que puseram a cidade na dianteira da construção de um “poder popular”, esse que aos poucos ia acordando em todo o país, depois do longo sono da ditadura de Salazar/Caetano. Entre o “fascínio” e o “perigo”, o historiador e docente da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), Albérico Afonso Costa, revisitou o Processo Revolucionário em Curso (PREC) setubalense. E o resultado está aí, em forma de livro. “Setúbal, Cidade Vermelha (1974-1975)”, editado com o apoio do município local e do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), tem lançamento agendado para o próximo dia 8 de setembro, pelas 22 horas, na Casa da Cultura. A sessão, inscrita no ciclo de encontros com autores “Muito cá de casa”, tem apresentação a cargo do historiador Fernando Rosas. |
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Ao recuar na história recente de Setúbal, que cidade foi encontrar no período Setúbal, na década de 60, vai conhecer um crescimento económico ininterrupto. A |
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Ao longo destes dois anos de investigação, quais foram as suas fontes, a que
documentos e a que testemunhos recorreu?
Recorri a múltiplas fontes, como é habitual num trabalho com estas características.
Destaco a consulta de documentos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Arquivo da
PIDE/DGS, no Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Setúbal, no Arquivo Distrital de
Setúbal e na Hemeroteca da Biblioteca Pública Municipal de Setúbal. Recorri ainda a uma
multiplicidade de documentos detidos por particulares.
As entrevistas a alguns dos
protagonistas da época foram também fundamentais nesta investigação.
Que episódios, que movimentos, que figuras se destacam neste período de 19
meses – 25 de abril de 1974 a 25 de novembro de 1975 – em que se debruça neste livro?
É difícil fazer uma síntese de um período tão rico em acontecimentos políticos, sociais e
culturais. Ao longo das mais de 300 págin
