IPS reinveste na economia local três vezes o que recebe do Estado
O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) contribui anualmente
para a economia local com mais de 58 milhões de euros, triplicando o
montante recebido através do Orçamento do Estado. Eis um dos resultados
“mais visíveis” destacados esta terça-feira pelo presidente da
instituição de ensino, Pedro Dominguinhos, numa sessão pública
de divulgação dos dados referentes ao IPS no âmbito do estudo
“O Impacto Económico dos Institutos Superiores Politécnicos em
Portugal”, apresentado recentemente pelo Conselho Coordenador do Institutos
Superiores Politécnicos (CCISP).
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No que respeita ao IPS, um dos 12 politécnicos considerados nesta
investigação, conclui-se que, por cada euro investido pelo Estado (na ordem
dos 18 milhões de euros, em 2018), é gerado um nível de atividade
económica de 3, 15 euros nos concelhos de Barreiro e de Setúbal,
conjuntamente, contabilizando os gastos de docentes e não docentes, estudantes e
da própria instituição.
“É um impacto muito significativo, tanto mais que os
estudantes representam 84 por cento dos gastos e, no global dos politécnicos,
Setúbal é onde os gastos são mais elevados, com quase 600
euros”, acrescentou Pedro Dominguinhos, sublinhando, também
na qualidade de presidente do CCISP, o “contributo imprescindível
dos politécnicos para a coesão territorial e para o desenvolvimento das
regiões demonstrada neste estudo”.
Igualmente reveladores são os dados referentes à capacidade de
criação de emprego e de fixação de jovens na região. O
IPS é o 2º maior empregador do concelho de Setúbal e o 3º do
Barreiro, em linha com os dados nacionais que colocam “os
politécnicos no top 5 das instituições que mais criam emprego nas
regiões, e com a particularidade de ser altamente qualificado”,
destacou.
Por outro lado, a existência de um instituto politécnico em Setúbal
foi determinante para que perto de 60 por cento dos jovens decidisse permanecer na
região de origem, ao invés de procurar formação superior
noutras paragens, o que indica um “grande poder de atrair, formar e reter
talento, permitindo também a atração de empresas para a
região”, concluiu.
Na sessão pública, os dados detalhados sobre o contributo do IPS para o
desenvolvimento da sua região de influência foram apresentados pelas
investigadoras Sandra Nunes, Sandrina Moreira e Raquel Pereira, docentes do IPS e
membros da equipa científica do estudo nacional.
12 de
abril/2019
