Pedro Dominguinhos toma posse ’em casa’ na 1ª reunião presencial do CCISP
No dia 03 de junho, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) foi o anfitrião da
tomada de posse do presidente do Conselho Coordenador dos Institutos
Superiores Politécnicos (CCISP), Pedro Dominguinhos, reeleito a 28 de fevereiro,
numa cerimónia que contou com a presença do ministro e do secretário de Estado
da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor e João Sobrinho Teixeira.
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Em “casa”, naquela que foi a primeira iniciativa presencial do CCISP após o período de
confinamento, o também presidente do IPS elencou as quatro
prioridades deste seu segundo mandato, a começar pelo “reforço da
qualificação da população portuguesa”, na formação inicial mas sobretudo na
formação ao longo da vida, área em que o ensino politécnico, cuja rede cobre mais de 80
locais em território nacional, tem tudo para dar um “contributo decisivo”.
Pedro Dominguinhos defendeu também o “reforço da investigação aplicada” e a
“consagração da alteração legal que possibilita a outorga do grau de doutor pelos
politécnicos”, o que permitirá uma oferta diferenciada, os chamados
“doutoramentos de interface”, bem como a alteração da designação dos
politécnicos para “universidades politécnicas”, tendo em vista uma maior
notoriedade internacional e, consequentemente, um reforço da capacidade de atração de
estudantes estrangeiros.
Por último, e sublinhando a resposta exemplar do ensino superior politécnico
à pandemia de COVID-19, quer em termos de investigação e desenvolvimento,
quer no desenvolvimento de projetos de responsabilidade social, o presidente do CCISP
deixou o compromisso de continuar a contribuir para o desenvolvimento regional,
coesão territorial e inclusão social, em estreita articulação com os atores dos
territórios. “A maioria das regiões do País são hoje mais dinâmicas, mais
qualificadas, com maior capacidade de atração de investimento porque existem politécnicos
nos seus territórios. Mas este impacto que não é apenas económico, é cada vez mais
cultural e social. A pandemia que estamos a viver evidenciou esta realidade”, concluiu.
Ministro Manuel Heitor quer “Verão nos politécnicos”
Na sua intervenção, dirigindo-se a um auditório maioritariamente constituído por
presidentes de politécnicos de vários pontos do país, o ministro Manuel Heitor
reconheceu a “grande confiança” que a sociedade portuguesa deposita neste subsistema do
ensino superior e, por isso, aproveitou para lançar dois desafios que se inscrevem
neste período de retorno gradual à normalidade e de recuperação económica. O primeiro,
imediato, diz respeito à criação de “escolas de verão” nos politécnicos,
como forma de assegurar, ao longo dos próximos meses, atividade presencial de estudantes
e docentes nos diferentes campi. “Lançarmos o programa ‘Verão nos politécnicos’ parece-
me particularmente oportuno, como mais um elemento de confiança para a população de
uma forma geral, e para os jovens em particular, também percebendo as características
específicas deste verão, que será certamente muito diferente de todos os outros”.
A médio prazo, já no próximo ano letivo, e como forma de “incentivar ainda mais as
atividades de pós-graduação, em colaboração com os empregadores”, o governante apelou
a que se pondere a criação de consórcios para escolas de pós-
graduação. Um “passo decisivo”, sublinhou, “na medida em que não podemos ter
escolas de pós-graduação em todas as instituições, mas podemos certamente criar
