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Aprender para humanizar: Guilherme d’Oliveira Martins faz apelo no IPS

6.ª Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia reuniu 80 participantes de 17 nacionalidades

Guilherme d’Oliveira Martins, professor catedrático e antigo governante, alertou esta quarta-feira, no Politécnico de Setúbal (IPS), para a importância da educação enquanto chave para uma sociedade mais humana. O atual administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian foi o palestrante convidado na abertura da 6.ª Conferência Internacional da Sociedade Portuguesa para a Educação em Engenharia – CISPEE 2025.

“Um mundo perfeito não é possível, temos sim que construir um mundo e uma sociedade humanas e a Educação é a chave, como base para o respeito comum, para a liberdade, para combater o egocentrismo, o etnocentrismo, o sociocentrismo, que são doenças”, sublinhou no arranque do evento, que terminou esta sexta-feira, reunindo 80 participantes de 17 nacionalidades, em torno do tema “Emerging Trends in Engineering Education: Adapting to a Changing World”.

Numa intervenção sobre a “A aprendizagem como motor do desenvolvimento”, o antigo ministro, que já tutelou as pastas da Presidência, Finanças e Educação, colocou a tónica na estreita interligação entre Humanidades e Tecnologias“porque a tecnologia não está isolada da vida, não é um campo fechado, é também ela vida” -, e no papel fundamental que representa a aprendizagem neste contexto.

“A tecnologia é o entendimento dos instrumentos e esse é o grande desafio. Porque há que entender a ligação entre os objetos e os sujeitos, entre os nossos papéis como seres humanos e também como agentes de desenvolvimento. Aprender é a base da Humanidade. Se aprendermos podemos contribuir para o desenvolvimento”, referiu ainda, dirigindo-se a uma plateia de docentes, investigadores, estudantes e profissionais do setor.

A tecnologia é o entendimento dos instrumentos e esse é o grande desafio. Porque há que entender a ligação entre os objetos e os sujeitos, entre os nossos papéis como seres humanos e também como agentes de desenvolvimento. Aprender é a base da Humanidade
Guilherme d’Oliveira Martins, professor catedrático e antigo governante

O encontro internacional, que contou com um programa distribuído entre as duas escolas superiores de Tecnologia do IPS, em Setúbal e no Barreiro, contribuiu para uma reflexão profunda sobre as tendências emergentes no ensino da engenharia, com especial foco na adaptação das instituições a um mundo em rápida mudança, social, tecnológica e ambiental.

Enquanto anfitriã da edição de 2025, Ângela Lemos, presidente do IPS, considerou que este acolhimento significa que a instituição está “pronta para o futuro” e que o seu “trabalho no ensino da engenharia é reconhecido internacionalmente”.  

A responsável lembrou também que o ensino das engenharias e tecnologias “é parte do que nós somos desde o início da nossa atividade, há 45 anos”, um trabalho que tem vindo a consolidar-se e que se traduz em competências técnicas, mas também em “estudantes com espírito crítico, capacidade de mudança e de crescimento e atentos ao mundo que os rodeia”.

Ao longo de três dias de trabalho, o programa incluiu três sessões plenárias, 43 comunicações científicas, uma dezena de workshops interativos e três mesas-redondas, abordando temas como a inteligência artificial no ensino e avaliação, as competências digitais e transversais, as iniciativas inclusivas e equitativas e a gamificação e ensino interdisciplinar.

 

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