Corpo docente reflete sobre Ensino Superior na era digital
Cento e vinte docentes do Politécnico de Setúbal (IPS) estiveram
recentemente reunidos por ocasião do 2.º Seminário de
Práticas Pedagógicas, que decorreu a 23 de maio, representando
uma oportunidade privilegiada de partilha de metodologias de ensino entre as cinco
escolas da instituição, inclusivamente face aos novos desafios e
oportunidades das ferramentas digitais.
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A conferência de abertura, justamente sobre “A Era da Inteligência
Artificial: Redefinindo Paradigmas no Ensino Superior?“, foi assegurada por
Carlos Costa, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG),
e por Manuela Aparício, da Escola de Gestão de
Informação e de Ciência de Dados da Universidade Nova de
Lisboa (NOVA-IMS). Nesta reflexão, os académicos convidados
abordaram a relação entre a necessidade de desenvolver competências na
utilização da inteligência artificial (IA) generativa e a importância de
garantir que essa utilização não inibe o desenvolvimento de outras
competências essenciais.
Ainda sobre as oportunidades e desafios do uso da IA, seguiu-se uma mesa-redonda que
contou com as intervenções e diferentes perspetivas de dois docentes, Bruno
Silva e Sílvia Couvaneiro, uma estudante, Nicole Coelho, e a presidente da
Comissão de Ética do IPS, Lucília Nunes, para além de dois
representantes do meio empresarial, nomeadamente Nelson Caetano, diretor de Transporte
da ID Logistics Portugal, e Rui Palma, diretor de Recursos Humanos da Teixeira Duarte.
Ao longo do dia, as 14 comunicações apresentadas sobre
práticas pedagógicas no IPS assumiram uma forte centralidade no
seminário, colocando em diálogo docentes de diferentes escolas e
áreas disciplinares, a par da exposição de 10
pósteres que deu a conhecer práticas e projetos desenvolvidos no
IPS, na área da inovação pedagógica e metodologias de ensino.
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O programa incluiu ainda a apresentação do SAPIEN – Centro de
Excelência para a Inovação Pedagógica no Ensino
Superior, um consórcio de nove parceiros, liderado pela Universidade Nova
de Lisboa, do qual o IPS faz parte. Recorde-se que a estratégia de ação
adotada pelo SAPIEN assenta em três grandes linhas, apostando, nomeadamente,
em modelos pedagógicos centrados nos estudantes e nas suas aprendizagens;
no desenvolvimento profissional de docentes sobre metodologias de ensino e de
avaliação com recurso a ferramentas digitais; e ainda em ambientes de
aprendizagem estimulantes, com integração significativa de recursos
tecnológicos.
Financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o SAPIEN –
South and Atlantic Pedagogical Innovation & Excellence Network integra ainda as
universidades da Madeira, Açores, Algarve e Évora, bem como os
politécnicos de Beja e Portalegre e a Egas Moniz – Cooperativa de Ensino Superior,
cobrindo assim uma extensa área geográfica a Sul do País e as
Regiões Autónomas.
29 maio/2024
