Estudantes participam em formação intensiva na China
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Três estudantes do Politécnico de Setúbal (IPS) acabam de regressar de
um programa de mobilidade de curta duração na Zhejiang Normal
University (ZJNU), na China, que contemplou uma formação intensiva
nos domínios científicos da química e dos materiais.
A experiência de enriquecimento curricular, da qual beneficiaram dois
estudantes de Engenharia Biomédica (mestrado) e um outro de Biotecnologia
(licenciatura), enquadra-se num convénio internacional assinado em julho
último entre o IPS e esta instituição de ensino superior chinesa, visando a
cooperação no âmbito da docência e da investigação, bem
como a promoção de programas de mobilidade académica.
O ZJNU Global Chemistry and Materials Science Talent Innovation Camp
é um programa intensivo assente na cooperação interdisciplinar que,
através de atividades de investigação inovadoras, procura despertar o
interesse e o entusiasmo dos estudantes pela pesquisa científica, ao mesmo tempo que
pretende captar jovens talentos internacionais interessados em prosseguir estudos neste
estabelecimento de ensino chinês.
Seminários e palestras, visitas a laboratórios e centros de
investigação e sessões práticas de partilha de conhecimentos foram
algumas das componentes desta semana de trabalho, estruturada em três
módulos. No final, os estudantes participantes tiveram a oportunidade partilhar uma
apresentação com os resultados das suas aprendizagens.
Para Ruben Gomes, estudante de Engenharia Biomédica na Escola
Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS), esta
experiência representou “uma oportunidade de evolução, a
nível profissional e pessoal”. No campo académico, o estudante explica
que “pôde vivenciar a seriedade e o empenho que os estudantes chineses investem
no trabalho de investigação”, o que lhe inspirou “um novo
espírito de dedicação”, nomeadamente para “enfrentar a
tese” de mestrado que tem por diante.
“Os alunos que iniciam a licenciatura na China são incentivados a
estabelecerem contactos com investigadores estrangeiros e a participarem em diversos
projetos, ao nível de o seu nome poder entrar num artigo científico. Quando
colocados nos mestrados e doutoramentos, além de possuírem já uma
rede vasta de contactos, chegam a passar cerca de 14 horas todos os dias na universidade em
prol da do seu trabalho de investigação”, descreve.
No plano pessoal, Ruben Gomes destaca o reforço da capacidade de
adaptação face às diferenças culturais, o que o motiva para futuras
experiências académicas internacionais, novamente na China ou, com maior
probabilidade, em território europeu.
28 agosto/2024
