Gabinete de Curiosidades nos Claustros do IPS – IPS – Instituto Politécnico de Setubal
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Gabinete de Curiosidades nos Claustros do IPS

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O artista Ricardo Leal Gomes licenciou-se em Artes Plásticas, vertente de Escultura, na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Algumas das suas exposições mais importantes foram realizadas em Portugal, Reino Unido, Holanda, Áustria e Alemanha.
A exposição do artista que se encontra a decorrer nos Claustros do Instituto Politécnico de Setúbal intitula-se “Gabinete de Curiosidades” e apresenta-nos 14 obras da sua autoria. Os materiais mais utilizados na concepção das mesmas são conchas, porcelana, madeira e vidro.
Os Gabinetes de Curiosidades ou Quartos de Maravilhas consistiam em exposições de curiosidades ou achados relacionados com novas explorações ou instrumentos tecnicamente avançados, sendo que também podiam ser amostras de quadros ou pinturas. Estes surgiram na Europa na época do Renascimento e tiveram um papel fulcral no desenvolvimento da ciência moderna, apesar de reflectirem a opinião popular. Foram ainda importantes para o estudo de certas disciplinas de biologia, através da colecção de fósseis, conchas e insectos.

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Ricardo Leal Gomes pensa que “um dos pressupostos inalienáveis desta proposta (Gabinete de Curiosidades) é precisamente a manipulação sensível da matéria com vista à concretização de objectos artísticos. Apesar da virtualização crescente e aparentemente inexorável que assistimos nos dias de hoje em quase todos os domínios da vida, há uma relação com a matéria que nos é íntima e duradoura”.

O artista assegura que “somos sensíveis aos materiais, aos seus valores cromáticos, densidade, peso, toque, textura e temperatura e, à passagem do tempo que neles fica impressa. O prazer que se sente ao tomar nas mãos uma taça de vidro romano baço, erudito e moldado pelo tempo é algo que não se perderá nunca. Somos particularmente sensíveis às suas imperfeições, ganhas quer no próprio método de fabrico, quer no curso do tempo que mediou esse momento da criação e, o instante em que sentimos a sua superfície fria nas nossas mãos. No fundo, esse prazer resulta da nossa própria condição material e da nossa sujeição ao tempo”.

A exposição remete-nos para a busca de um tesouro retirado do fundo do mar. O artista refere que “um dos actos de genuíno deslumbramento que ocorre em criança acontece quando frente à imensa massa de água que constitui o oceano se encontram semi-ocultos na areia esses pequenos objectos delicadamente coloridos e matizados e de uma geometria irrepreensível – as conchas. Simbolicamente, as conchas são associadas ao renascimento e à purificação, pela relação com a água, e à regressão a um estado mais puro. O mesmo simbolismo pode ser encontrado nas manifestações artísticas ao longo dos tempos”.

As obras são reconstruções, sendo que através de fragmentos, o artista procura a reconstrução instintiva do todo.

A exposição decorre até dia 5 de Junho de 2010.

Próximas actividades agendadas no decorrer da exposição:

22 de Maio, sábado, 18h00 – Concerto de João Diogo Leitão (guitarra), que interpretará obras de Bach, Joaquin Rodrigo, Manuel Ponce, Heitor Villa-Lobos, etc.

29 de Maio, sábado, 16h00 – Visita à Exposição GABINETE DE CURIOSIDADES, comentada pelo artista Ricardo Leal Gomes

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