Sábado, dia 29 de Outubro, decorre em Setúbal, entre as 15h e as 18h, mais uma sessão das Tardes Interculturais do Museu do Trabalho Michel Giacometti, desta vez com o tema “Mural de Graffiti”. João Pires e Helena de Sousa Freitas, respectivamente Docente e Diplomada do Instituto Politécnico de Setúbal, são os oradores convidados.

Helena de Sousa Freitas

Helena de Sousa Freitas, licenciada em Comunicação Social pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), jornalista da Lusa e autora do livro “Jornalismo e Literatura: inimigos ou amantes?”, abre a sessão com um retrato desta “arte dividida”, através da sua palestra intitulada: “Os graffiti na malha urbana – “Da transgressão à institucionalização”.

A jornalista foca a sua apresentação no fenómeno dos graffiti, cada vez mais visíveis nas paredes de Setúbal, e que podem ser entendidos como «sucessores dos murais de cariz político e social». Segundo Helena de Sousa Freitas «esta apropriação do espaço público, apreciada por uns, vista como vandalismo ou poluição visual por outros, oscila entre o carácter transgressor e o institucional», adiantando que se em certos casos «os writers desafiam o poder, que pode decidir calar as suas vozes, noutros são as próprias instituições a convidá-los para animarem os espaços vazios com a sua cor e irreverência».

João Pires

João Pires, docente da ESE/IPS, apresenta o projecto desenvolvido pelo Departamento de Artes da ESE/IPS, subordinado ao título “A cidade como Museu sem fronteiras: as mutações da paisagem urbana”.

De acordo com o docente, o projecto visa pensar a cidade como um “museu sem fronteiras”, mutável e efémero. «A cidade é, assim, entendida, como um suporte para um conjunto heterogéneo de manifestações artísticas, nomeadamente os graffiti e a Street Art, também designada como pós-graffiti», explica João Pires. O objectivo deste projecto passa por envolver os estudantes, na identificação e recolha das imagens e vídeos, e no processo de descoberta e discussão na definição da arte e, de igual modo, sensibilizá-los para a salvaguarda de um património artístico, através do registo vídeo (entrevistas) e da fotografia e da constituição de um banco de dados de imagens on-line, de forma a constituir uma fonte de informação e de partilha crítica.

Exposição patente

Neste mesmo dia, inaugura a exposição “Passado – Presente”, de Adelino Veiga patente neste espaço até ao dia 20 de Novembro.

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