A inauguração do Laboratório de Mobilidade é um claro sinal da aposta do Politécnico de Setúbal na investigação e ensino na área automóvel. Mais de 100 pessoas, da comunidade académica e do setor automóvel, estiveram no IPS para conhecer este espaço e realizar o test-drive em carros elétricos e/ou híbridos da Audi, BMW, Volkswagen, Toyota, Lexus e Nissan.

O laboratório surge também no âmbito da pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, lecionada pela primeira vez em 2014, numa parceria entre a Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS (ESTSetúbal/IPS), a Volkswagen AutoEuropa e o CEIIA (Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel).

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Na sessão de inauguração, o Prof. Doutor Pedro Dominguinhos, Presidente do IPS, sublinhou a pertinência deste novo espaço de investigação “para desenvolver projetos conjuntos e encontrar soluções inovadoras ao nível da mobilidade suave“, sem esquecer que o laboratório deve “servir os interesses pedagógicos dos alunos, aproveitar a investigação dos docentes e outras entidades e ser aproveitado pelas empresas que estão no mercado”. O Presidente do IPS frisou, ainda, que “a colaboração entre as empresas e os laboratórios torna-se crucial para aumentar a qualificação dos recursos humanos que formamos e quer também a competitividade das empresas que podem prestar melhores serviços e desenvolver projetos em parceria”.

Para além do laboratório, de acordo com o Prof. Doutor Nuno Pereira, Diretor da ESTSetúbal/IPS, a escola disponibiliza na área da mobilidade sustentável “um conjunto de formações como o TESP em Veículos Elétricos (novos cursos de curta duração), a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores que tem esta vertente e uma pós-graduação”, revelando que existe a possibilidade de desenvolver também um mestrado “criando-se assim uma fileira emergente, dando resposta à procura do mercado”.

No balanço sobre a primeira edição da pós-graduação em Motorização de Veículos Elétricos e Híbridos, o coordenador do curso, Prof. Doutor José Maia, explicou que esta formação “incide sobre os motores elétricos, as baterias, a parte eletrónica da gestão das baterias, os postos de carregamento, as interferências com a rede elétrica”. Na próxima edição do curso o coordenador diz que espera “reforçar os contactos com o exterior e responder à procura que tem surgido por parte das empresas, na ótica de novas oportunidades de emprego“.

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O evento contou também com a intervenção do Eng.º Demétrio Alves, da Comissão Executiva da área metropolitana de Lisboa, que sob o tema “O novo regime jurídico e a autoridade dos transportes” deu a conhecer alguns dos apoios do novo programa europeu H2020 em Portugal, na área dos transportes e mobilidade. O Eng.º Demétrio Alves congratulou também o IPS pelo trabalho desenvolvido nesta área e pela aposta no novo laboratório, que considera “um passo inovador, que tem uma visão que marca os grandes projetos“.

Seguiu-se a comunicação do jornalista Carlos Moura, da Transportes em Revista, em torno do tema “Mercado da mobilidade elétrica”. De acordo com Carlos Moura, os veículos elétricos vão dominar o mercado “muito provavelmente mais rápido do que as pessoas estão à espera”, pois “as tecnologias estão a desenvolver-se rapidamente e existem pressões políticas, económicas e ambientais, por parte da União Europeia, para redução das emissões de CO2“.

Após as intervenções decorreu a visita ao Laboratório de Mobilidade do IPS, onde decorreu a demonstração de alguns equipamentos, nomeadamente do “banco de potência” que permite medir as potencialidades dos veículos, a velocidade alcançada e o seu desempenho. Pelo importante papel que desempenha na avaliação dos carros, prevê-se que esta seja uma das ferramentas mais solicitadas para utilizaçã