Ministra do Trabalho apelou aos estudantes para que ‘apostem em Portugal’
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho,
destacou ontem, no Auditório Nobre no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), o “poder
transformador da formação e das qualificações” e a importância de os jovens escolherem
Portugal para viver e trabalhar, uma decisão que é “crítica para o nosso futuro coletivo”.
Presente na abertura da Semana da Empregabilidade do IPS, que nesta 9ª edição
mobiliza mais de 140 empresas e organizações, a governante aproveitou a ocasião para
felicitar a instituição pela “capacidade que tem tido de uma grande ligação ao mercado de
trabalho”, o que se traduz na sua taxa de empregabilidade, a segunda maior do Ensino
Superior Politécnico, mas também em exemplos concretos, como os de Luís Oriola e Sofia
Figueiredo, os dois intérpretes de Língua Gestual Portuguesa presentes na sala.
Ambos diplomados do IPS e hoje reconhecidos por todos, dada a sua presença diária nos
ecrãs de televisão desde o início da pandemia, são “a prova viva da importância do IPS na
nossa vida coletiva”, destacou Ana Mendes Godinho.
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Falando para um auditório maioritariamente composto por estudantes, que ao longo
desta semana de atividades terão várias oportunidades de contacto com potenciais
empregadores, a ministra do Trabalho lembrou o lançamento recente da Agenda do Trabalho
Digno, que abrange cerca de 70 medidas para valorização dos jovens no mercado de
trabalho, bem como o investimento de cerca de 1 500 milhões de euros previsto no PRR para
a área da formação, como instrumentos de atração e retenção de talento jovem.
“As qualificações são hoje o bem mais disputado entre países. Os países digladiam-se
por conseguir atrair e fixar jovens. E é isso que hoje estamos aqui a fazer, a dizer-vos que
apostem em Portugal para viver e trabalhar, porque Portugal precisa mesmo de vós”,
rematou, em jeito de apelo.
Na sua intervenção, a presidente do IPS, Ângela Lemos, enquadrou a Semana da
Empregabilidade numa “lógica de interface do ensino superior com o ecossistema regional,
criando bases para o desenvolvimento regional e para o tecido produtivo”, e elencou as
várias medidas promovidas pela instituição no sentido de preparar os futuros diplomados
para a entrada no mercado de trabalho. Além da formação técnica e científica, a responsável
colocou especial enfoque nas “competências transversais” ou “do futuro”, como hoje se
designam, adquiridas, por exemplo, através de experiências de voluntariado ou de
internacionalização.
Dirigindo-se à ministra do Trabalho, Ângela Lemos, assumiu, em nome do IPS, o
“compromisso de formar profissionais de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento do
país”, lembrando, no entanto, que esse diplomados “necessitam de condições para se afirmar
no mercado de trabalho nacional”, através de “políticas promotoras do trabalho digno em
todas as suas dimensões, que promovam o combate à precariedade das relações laborais e o
emprego mais inclusivo”.
Também presente na sessão de abertura, Ivan Svac, o presidente da Associação
Académica (AAIPS), que é parceira na organização da iniciativa, destacou Semana da
Empregabilidade como sendo atualmente “o maior evento de emprego do ensino superior”,
cuja importância é inestimável para “apoiar a transição dos nossos diplomados para o
mercado de trabalho”.
A decorrer até sexta-feira, a iniciativa terá o seu ponto alto na Feira de Emprego,
agendada para os dias 08 e 09 de março, que contará com a presença da ministra da Coesão
Territorial, Ana Abrunhosa, para uma intervenção no seu dia de abertura, pelas 16h00.
O programa detalhado pode ser consultado no portal do IPS, em www.ips.pt.
07 de
março/2023
