Programa SELFIE – Autogestão da Fibromialgia | Inscrições até 7 de março
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O programa SELFIE – Autogestão da Fibromialgia, que
está a ser implementado desde 2021 pela Escola Superior de Saúde do
Politécnico de Setúbal (ESS/IPS), regressa em
março para uma nova edição, propondo a pessoas da
comunidade envolvente com este diagnóstico um ciclo de 12 semanas de
acompanhamento especializado, sem quaisquer custos.
Com inscrições abertas até ao próximo dia 07 de
março, o programa, que segue as recomendações da
evidência científica mais atual na área da fibromialgia, é um
estudo inovador de investigadores do Departamento de
Fisioterapia, enquadrado no projeto homónimo SELFIE, sigla para
Supported Self-management of Fibromyalgia – Co-designing of eHealth Interventions.
Nesta nova edição, o SELFIE foi reformulado para tornar a
participação do público-alvo ainda mais acessível e eficaz,
oferecendo um formato híbrido, com três sessões
semanais, presenciais ou online síncronas, através do
recurso a uma app, acompanhadas por um/uma
fisioterapeuta/estudante de fisioterapia.
Com causas que não estão ainda perfeitamente identificadas, a fibromialgia
é uma síndrome de natureza crónica que afeta perto de 200
mil pessoas em Portugal e que apresenta como principais sintomas a dor
generalizada e a fadiga. As intervenções não farmacológicas,
como é o caso da fisioterapia, direcionam-se tradicionalmente para o tratamento de
sintomas, abordagem que o SELFIE pretende expandir.
“O SELFIE adota um paradigma que parece ser o mais adequado ao
contexto das doenças crónicas, ao centrar-se na capacitação das
pessoas/utentes para controlarem e gerirem os sintomas com maior impacto no seu dia a
dia, estando também muito focado na personalização e
individualização da intervenção”, como explica
Carmen Caeiro, investigadora responsável.
12 semanas de acompanhamento
personalizado em sessões presenciais ou online
Por autogestão entende-se “a capacidade de um indivíduo
monitorizar o seu estado de saúde e efetuar as respostas comportamentais,
cognitivas e emocionais necessárias para manter uma qualidade de vida
satisfatória”. Uma abordagem que, segundo a
investigação neste domínio, tem impacto evidente “na
melhoria de sintomas físicos e função, na autoeficácia e humor,
bem como na redução de custos relacionados com a saúde”
, adianta a docente.
Sendo o exercício físico um elemento central neste tipo de
intervenção, uma das principais preocupações deste programa
é conseguir a adesão dos participantes a uma prática regular. “
É um problema que nós identificamos no contacto com as pessoas que
participam nos nossos projetos. Por essa razão, este programa baseia-se
também em teorias de mudança comportamental, recorrendo a um conjunto
de estratégias que pretendem promover a alteração do comportamento
das pessoas no sentido da autogestão e da prática regular de
exercício”, resume Carmen Caeiro.
O programa
